Por volta de 1900, o conceito e a implementação de criostatos ainda estavam em seus estágios iniciais de desenvolvimento. Um criostato, derivado das palavras gregas “krios” (frio) e “stasis” (estacionário), é um dispositivo usado para manter temperaturas muito baixas e estáveis por longos períodos, essencial para experimentos em física de baixas temperaturas, biologia, e medicina, entre outros campos.
Nesse período, os avanços na compreensão e na manipulação de temperaturas extremamente baixas começaram a se acelerar, graças aos pioneiros da criogenia e da física de baixas temperaturas, como James Dewar e Heike Kamerlingh Onnes. Dewar, por exemplo, foi responsável pelo desenvolvimento do frasco de Dewar em 1892, um recipiente isolante a vácuo que se tornou um componente crucial em futuros designs de criostatos para a armazenagem e manuseio de líquidos criogênicos, como o nitrogênio líquido e o hélio líquido.
No início do século XX, a liquefação de gases havia se tornado uma área de interesse intenso, com a produção de oxigênio líquido, nitrogênio líquido e, eventualmente, hélio líquido, alcançada por Kamerlingh Onnes em 1908. Estes avanços permitiram experimentos a temperaturas próximas ao zero absoluto, abrindo novos caminhos na pesquisa de fenômenos físicos, como a supercondutividade e o comportamento de materiais a baixas temperaturas.
O criostato apresentado destina-se a operar na faixa de temperatura entre ˗190 e ˗250°C e constitui um dos dois criostatos projetados por Karol Olszewski.