O Disco de Festos é um dos mais intrigantes e misteriosos artefatos da antiguidade. Descoberto em 1908 por Luigi Pernier, um arqueólogo italiano, nas ruínas do palácio minoico de Festos, na ilha de Creta, Grécia, este disco de argila cozida data aproximadamente do século II a.C. O objeto tem cerca de 15 cm de diâmetro e está coberto em ambas as faces com um texto espiralado formado por 241 símbolos estampados, divididos em 45 símbolos distintos, que incluem figuras de pessoas, animais, objetos e elementos abstratos.

A natureza e a função do disco permanecem um mistério até hoje, pois seu sistema de escrita não foi decifrado e não se assemelha a nenhum outro conhecido da antiguidade. Alguns estudiosos sugerem que ele possa ser um documento religioso ou um texto cerimonial, enquanto outros propõem que poderia ser um jogo ou um objeto de aprendizado. A falta de outros artefatos com inscrições semelhantes dificulta a compreensão de seu contexto e significado.

A descoberta do Disco de Festos causou grande fascínio e debate entre arqueólogos, linguistas e historiadores, que tentam desvendar seu conteúdo e propósito. Diversas tentativas de decifrá-lo foram feitas ao longo dos anos, oferecendo interpretações que vão desde textos de culto até listas de presença ou composições épicas, mas nenhuma delas conseguiu convencer a comunidade científica de forma definitiva.

O Disco de Festos é um exemplo excepcional da complexidade e riqueza das civilizações da antiguidade, e sua análise continua a desafiar os especialistas, representando um enigma duradouro sobre a história da escrita, da linguagem e da cultura minoica. Ele está atualmente exposto no Museu Arqueológico de Heraklion, em Creta, atraindo visitantes interessados em contemplar diretamente esse fascinante mistério da antiguidade.