O cavaleiro medieval é uma figura icônica da Idade Média, particularmente na Europa, representando a classe guerreira nobre que desempenhou um papel central tanto em contextos militares quanto sociais. Os cavaleiros eram geralmente membros da nobreza ou guerreiros de elite que, após um período de treinamento e cerimônia de iniciação conhecida como “sagração”, recebiam o título de cavaleiro. Esta cerimônia frequentemente envolvia um toque simbólico com a espada nos ombros do iniciado, conferindo-lhe honras e responsabilidades sociais e militares.
Os cavaleiros eram notáveis por sua armadura, que evoluiu ao longo dos séculos de cota de malha para placas de metal completas, oferecendo proteção eficaz em combate. Eles lutavam principalmente a cavalo, o que lhes dava uma vantagem significativa em batalhas devido à sua mobilidade e altura, sendo a cavalaria uma força de impacto decisiva em muitos conflitos medievais. Além de suas funções militares, os cavaleiros também tinham deveres para com seus senhores e o rei, incluindo a administração de terras, a execução de leis e a participação em torneios que serviam como treinamento e demonstração de habilidades marciais.
A ética cavalheiresca, um código moral e de conduta que enfatizava valores como honra, bravura, cortesia e a proteção dos fracos, era idealizada nas literaturas da época, como nos romances arturianos. No entanto, a realidade histórica desses ideais pode ter variado bastante. Com o avanço da tecnologia militar no final da Idade Média, especialmente com o desenvolvimento de armas de pólvora e táticas de infantaria mais eficazes, o papel tradicional dos cavaleiros começou a declinar, levando eventualmente ao fim de sua dominação no campo de batalha e à transformação de suas funções sociais na sociedade.